Depois do clima quente das eleições presidenciais, que ainda reverbera aqui e ali, com protestos de bolsonaristas, vem aí a Copa do Mundo, que teoricamente unirá o país em torno da torcida de apenas um time: a seleção brasileira na disputa pelo hexacampeonato. Bem diferente da divisão que vivenciamos nas eleições. Por isso nossos votos de que assim seja, que o verde e amarelo possa ser compartilhado por todos, com as disputas sendo restritas apenas aos gramados do Catar, e assim tenhamos momentos de paz e confraternização entre amigos e familiares.
A Copa do Mundo, realizada desta vez entre os meses de novembro e dezembro, próximo das datas festivas de fim de ano, e da temporada de descontos da Black Friday, contribui também positivamente para a economia. As expectativas são otimistas, como acreditam as Associações Comerciais de Mogi das Cruzes e Suzano, ouvidas em uma das reportagens que destacamos hoje. O crescimento previsto das vendas é de 10% sobre a Copa 2018.
Vamos torcer para que o otimismo se concretize em bons resultados para os diferentes setores da economia, favorecendo também a geração de empregos. Os últimos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram uma tendência positiva nos últimos meses de mais admissões que desligamentos. Outro dado que reforça a esperança de tempos melhores, como publicamos recentemente, é que o número de contratações de temporários deve ser maior que no ano passado.
Com mais oportunidades de emprego e geração de renda, consequentemente aumenta o movimento no comércio e no setor de prestação de serviços, grandes motores da economia. O círculo virtuoso é favorecido agora pelo clima da Copa do Mundo que se aproxima.
Porém, mais que um período de euforia da população, dependendo dos resultados da seleção, é preciso que haja incentivos para a retomada real da economia, não apenas no comércio mas também na indústria nacional, mesmo nos momentos derradeiros de 2022. Otimismo que também deve nos unir para o novo ano que virá.