A desigualdade racial infelizmente não é novidade e ainda traz impactos na sociedade. O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado, no Brasil, hoje, dia 20 de novembro. Concebido em 1971, foi formalizado nacionalmente em 2003, até ser instituído como data comemorativa pela Lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, um dos mais importantes líderes do Brasil que lutou contra o sistema escravagista.
Em 2021, 155 denúncias étnicos-raciais foram recebidas, de acordo com os dados da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania. O Brasil conta com 55% da população entre negros e pardos, ou seja, mais da metade, pessoas que não têm a mesma oportunidade que os brancos. A história da desigualdade racial precisa ser mudada no país. É preciso levar a consciência do racismo estrutural aos professores, profissionais da educação e às crianças em uma formação não racista. O racismo precisa deixar de ser estrutural.
É um fato afirmar que o racismo é diagnosticado quando não há espanto diante da notícia do assassinato de uma pessoa negra, diante da ausência de negros nos governos ou na direção de empresas, por exemplo. Ou quando não há transporte de qualidade, saneamento básico e segurança pública nos bairros mais pobres.
De acordo com o Conselho da Promoção da Igualdade Racial de Mogi das Cruzes, existe uma negação de alguns setores da sociedade em admitir a existência da discriminação. Com base nessa afirmação, segundo a Agência Senado, estudiosos relatam que para a luta contra a discriminação da população negra produza resultados consistentes, há um passo decisivo que ainda não demos, que é assumir que somos, racistas seja como indivíduos, seja como sociedade. A negação é essencial para a continuidade do racismo.
O racismo só se reproduz sem embaraço quando é negado, naturalizado, incorporado ao nosso cotidiano. Não sendo o reconhecido, é como se o problema não existisse. A tomada de consciência, portanto, é um ponto de partida fundamental pois o combate ao racismo é um dever de todos nós.