O músculo supraespinhal é um dos músculos que compõem o manguito rotador, juntamente com os músculos redondo menor, infra espinhal e subescapular, esses músculos trabalham juntamente com tendões e ligamentos, portanto, o tendão supraespinhal faz parte da estrutura do músculo supraespinhal. Um dos movimentos que está estritamente ligado ao bom funcionamento desse conjunto de estruturas é o de levantar os braços, por isso é necessário tudo estar funcionando em harmonia. No caso do tendão supraespinhal, este faz uma ligação entre músculo e o osso para permitir o bom funcionamento do ombro, permitindo sua movimentação e estabilidade.

A tendinopatia do supraespinhal é muito comum, principalmente em atletas, ocorre quando esse tendão é lesionado ou apresenta uma inflamação, podendo ser classificada entre crônica, em que não é possível indicar a origem exata e normalmente os sintomas aparecem de forma gradual e acumulativa de fatores, ou aguda, quando a origem da lesão é conhecida e causada por um episódio específico como um golpe ou impacto, mas dentro de inúmeras teorias uma delas é o atrito, ou impacto, direto desta estrutura com o acrômio, osso que faz parte da escápula e localiza-se logo acima dos tendões do manguito rotador, outras teorias ainda dizem respeito a incapacidade do tendão de suportar as cargas excessivas a que vem sendo submetido, sejam elas únicas ou repetitivas.

A grande preocupação do paciente é a dor no ombro que pode ser irradiada ao braço e pescoço. Clinicamente, evidente que a dor se intensifica no período noturno, piorando quando a pessoa dorme em cima do membro afetado, o que leva a perda de força nos movimentos simples do dia a dia. O tratamento de longo período, em média três a seis meses, é direcionado primeiramente de maneira conservadora através do fisioterapeuta, mas pode ser necessário cirurgia caso não apresente bons resultados. Procure sempre um especialista.

Dr. Luiz Felipe Da Guarda é fisioterapeuta e presidente do Conselho Municipal de Assuntos da Pessoa com Deficiência (CMAPD)