Uma cidade é composta por seus moradores, mas a vida está dentro dos ofícios e atividades que as pessoas exercem todos os dias. E, dentro dos preâmbulos de uma sociedade capitalista, o comércio é uma parte importante na composição e, por isso, é importante quando o tema da empregabilidade é abordado junto à opinião pública. Neste ano, cumprimos a promessa da "volta ao normal", tão almejada desde o início de 2020 com o cataclisma sanitário e econômico da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Depois de todos os esforços e experimentos em equilibrar a segurança da saúde pública, as projeções das Associações Comerciais de Suzano e de Mogi das Cruzes de superávit na contratação de funcionários temporários significa mais do que números frios de arrecadação para os municípios ou o "aquecimento da economia". É preciso dar nomes e rostos para a diferença que se aplica em uma comunidade economicamente ativa.

São famílias que vão poder se alimentar e reinvestir nas farmácias, mercadinhos e lojas de roupas; são jovens que poderão começar a ir atrás dos seus primeiros sonhos e formar sua identidade para além do binômio "filho e estudante", é a tábua de salvação para famílias endividadas que poderão começar a ver uma luz no fim do túnel do desemprego e do desalento.

As compras de fim de ano são mais do que o "milagre natalino", mas o verdadeiro início de novas histórias e oportunidades. Mas este retorno à normalidade econômica tão desejada pela população e pelos gestores públicos não se sustenta sem o investimento no comércio local, mesmo com uma nova economia orientada para as compras online, hábito adquirido durante a pandemia e como solução para a competitividade do mercado.

A recuperação da economia terá sua origem e destino dentro de nossa comunidade, por nossa vontade e nossa determinação. Apoiar o comércio local é, em última análise, alimentar e cumprir as promessas que fazemos com o intuito de evoluir. Promessas que podem ter seu custo, mas não há redenção sem o empenho - e este convite não poderia chegar em melhor hora.