Em 2016 "pós-verdade" foi considerada a palavra do ano pela Oxford Dictionaries. Anualmente, uma palavra é eleita como a de maior destaque na língua inglesa, após ser citada no Google mais de 20,2 milhões de vezes e ter o crescimento de 2.000% em seu uso, a palavra "pós-verdade" garantiu seu lugar no dicionário.
O termo ganhou também uma definição oficial, segundo o dicionário de Oxford, pós-verdade se refere à alguma situação que os fatos são o que menos importam, mas sim, aquilo que apela à emoção e as crenças pessoais de alguém. Ou seja, não interessa se algo é verdade ou mentira, desde que quem concorda esteja de acordo com aquela situação, ela passa a ser verdade para essa pessoa, independente que provas digam o contrário.
O termo é muito citado quando se diz respeito a fake news, isso por que existe uma relação entre eles, apesar de não serem a mesma coisa. Uma notícia falsa pode ser o estopim para que essas mentiras virem uma realidade para um grupo de pessoas.
As mídias sociais têm grande influência no crescimento desses termos, a partir delas, essas "novas" verdades são replicadas e ganham mais e mais força. A última eleição nos Estados Unidos, por exemplo, sofreu grande influência devido a mentiras que eram levadas a sério, somente para que defensores de certo movimento justificassem sua opinião. Uma dessas mentiras, espalhadas por veículos da mídia ligados a Donald Trump, afirmavam que o ex presidente, Barack Obama, não era de fato um americano, boato esse que foi completamente desmascarado, porém, mesmo com todos os fatos apresentados, os seguidores de Trump seguiam o afirmando.
O Facebook e o Google vêm fazendo algumas mudanças para evitar que isso ocorra, principalmente durante períodos de eleições. Os dois adotaram um mecanismo que não permite o anúncio pago de sites e páginas que disseminam informações falsas.
Temos que ficar atentos, sobretudo nesse período de eleições, pois essa cultura pode ser responsável pelo destino do país pelos próximos quatro anos.