Desde os tempos mais remotos, o ser humano precisa de um componente motivador para ser impulsionado a fazer algo. Às vezes, essa motivação se dá de forma natural. Em outros casos, acontece por conta de fatores adversos que o obriga a superar dificuldades.
A Psicologia define a motivação como o passo inicial para despertar uma ação e que pode ser dividida pelos aspectos prazeroso ou obrigatório. No primeiro caso, o impulso está relacionado com a motivação intelectual, aquela que leva à produção e aquisição de conhecimento. O segundo, empurra o indivíduo para o cumprimento de trabalhos cotidianos, mais próximos às atividades física e mecânica, como boa parte do exercício profissional.
Na área da Educação, que se encaixa no primeiro grupo, estudar é uma prática dolorosa para boa parcela da população, pois exige esforço, concentração e demanda tempo, mesmo com as facilidades proporcionadas pelo mundo digital. Como motivador, hoje, o que tem aumentado a quantidade de pessoas que procuram uma qualificação é a necessidade de transformar conhecimento e habilidade em renda.
Isso ficou comprovado por meio do estudo feito pela Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT) que utilizou dados socioeconômicos para analisar o perfil dos estudantes das Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e Escolas Técnicas (Etecs), subsidiadas pelo Estado. A principal constatação é que uma melhor colocação no mercado de trabalho motivou os jovens a procurarem estudo e qualificação.
No âmbito dos municípios, as administrações têm mostrado preocupação com a causa. Mogi das Cruzes, por exemplo, possui o Centro Municipal de Apoio à Educação de Jovens e Adultos (Crescer), que atualmente oferece 6.150 vagas gratuitas em cursos profissionalizantes. Em Suzano, o Serviço de Ação Social e Projetos Especiais (Saspe) segue o mesmo ritmo e outras cidades da região mantêm programas semelhantes.
São apenas alguns exemplos de que não basta as pessoas estarem motivadas, seja por razão ou necessidade. É preciso a presença de um facilitador institucional.