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O Brasil vive uma crise que vai muito além da economia ou da política. Estamos sofrendo com a crise de identidade e, principalmente, de valores. Diante de tudo o que está acontecendo - Operação Lava Jato, impeachment - algumas pessoas ficam em dúvida se respeitam ou não a lei, e até questionam sua objetividade. Quando os políticos não costumavam ser punidos ou presos a legislação não era alvo de tantas críticas, mas hoje a população duvida dela e das decisões dos juízes.
Uma das maiores reviravoltas no "sistema" ocorreu com as prisões de José Dirceu e José Genoino. Após décadas vendo a corrupção reinar, muitos não acreditavam que um político seria preso. Depois, outros também foram condenados por crimes como lavagem de dinheiro, formação de quadrilha ou desvio de verba.
A mudança de postura diante destes fatos influenciou também o cenário político. Desde que o PT assumiu o governo em 2003, Lula e depois Dilma nunca tiveram, na verdade, uma oposição forte. Foi apenas na reeleição da atual presidente que o PSDB se mostrou mordido com a derrota nas urnas e anunciou que faria, enfim, uma oposição forte contra o governo.
Portanto, enquanto o PT fala que a oposição tenta um "terceiro turno" das eleições, na verdade pela primeira vez eles estão precisando prestar contas sobre suas ações. Aliás, é preciso considerar que foram os petistas que ensinaram o brasileiro a ser oposição. O partido de Lula nunca deixou Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, sossegado no governo, entre 1995 e 2002.
Hoje, com tantas mudanças, a lei está começando a funcionar. Agora, as ações de políticos são vigiadas e seus deslizes investigados seja pela Polícia Federal, Ministério Público ou Congresso Nacional. Mas alguns não querem aceitar essa mudança. Lula, por exemplo, ainda acredita que é possível conquistar o Brasil com uma boa conversa, com a entrega quase gratuita de casas para os mais pobres e com comícios.
Dilma tem culpado o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), por praticar um golpe no País. Vale lembrar que em abril do ano passado os dois eram aliados. Nos últimos dias, o governo tem dito que as denúncias de pedalada fiscal não têm consistência constitucional para sustentar impeachment. Em outra ocasião, Lula disse que a Polícia Federal, ao prender políticos e investigar a corrupção na Petrobras, estaria fazendo um grande mal para o Brasil. O que é certo é certo, não se pode mudar de opinião e abandonar os valores apenas porque convém. Que esta falta de conduta ética não contamine o povo.
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