O Papa Francisco deixou o Vaticano, na tarde de ontem, para ir até o norte de Roma onde, na presença de mais de 800 refugiados, celebrou a Missa da Ceia do Senhor com o Rito do Lava-pés.
A pequena cidade de Castelnuovo di Porto abriga os refugiados que chegam à Itália e permanecem em um centro de acolhida até obter os documentos para viver legalmente no país.
Ao lembrar os atentados terroristas em Bruxelas - "um gesto de guerra, de destruição", - Francisco recordou que, por trás dos kamikazes, havia outros interesses. "Atrás daquele gesto estão os traficantes de armas que querem o sangue, não a paz, que querem a guerra, não a fraternidade".
Para contrastar o terrorismo, Francisco citou a reunião de todos - "de diversas religiões, diversas culturas, filhos do mesmo Pai" - para celebrar a Ceia do Senhor, contra "aqueles que compram as armas para destruir a fraternidade".
Neste ponto, o papa recordou as dificuldades enfrentadas pelos refugiados.
"Este é o gesto que eu faço com vocês: cada um de nós tem uma história, cada um de vocês tem uma história, tantas cruzes e dores, mas também um coração aberto que quer a fraternidade", disse.
Antes de passar ao Rito do Lava-pés, Francisco pediu que cada um, na sua língua, "rezasse ao Senhor, para que esta fraternidade se espalhe pelo mundo".
O gesto repercutiu em diversos veículos de comunicação do mundo. (A.B.)