Em reunião ordinária realizada ontem, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a redução nas bandeiras tarifárias amarela e vermelha, que aumentam a conta de luz do consumidor, quando fica mais caro produzir energia no País.
A partir de fevereiro, o valor da bandeira amarela vai cair de R$ 2,50 para R$ 1,50 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, redução de 40%.
Já a bandeira vermelha terá um patamar intermediário, mais barato, de R$ 3,50 para cada 100 kWh. O patamar mais caro foi mantido em R$ 4,50 para cada 100 kWh.
As bandeiras tarifárias coloridas - verde, amarela e vermelha - foram criadas como uma maneira de informar ao consumidor os custos que são repassados para a conta de luz com o acionamento de usinas termelétricas, que geram uma energia mais cara e são ligadas quando as hidrelétricas produzem menos por causa do baixo nível de seus reservatórios.
A Aneel divulgará no próximo dia 29 de janeiro qual será a bandeira tarifária que vai incidir sobre as contas de luz de fevereiro.
A bandeira vermelha encontra-se vigente, onerando a conta do consumidor, pelo menos desde março de 2015.
A decisão desta terça foi baseada em estudos da Superintendência de Gestão Tarifária da Aneel.
Ontem também a Aneel negou os pedidos feitos por oito distribuidoras do grupo CPFL Energia para aplicação de um novo reajuste de tarifas, além do previsto dentro do calendário normal, a chamada Revisão Tarifária Extraordinária. 
Em seus pedidos, as empresas argumentaram ter havido um "descasamento" entre as tarifas e os custos de distribuição. 
Entre as razões apresentadas estão o aumento dos custos da energia comprada de Itaipu, cujo preço é referenciado em dólar, assim como uma alta nos gastos devido ao acionamento de termelétricas por causa do nível baixo nos reservatórios.