O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, disse que o governo não prepara um grande pacote para recuperar a economia neste ano, e que os problemas do setor serão resolvidos "passo a passo". Segundo ele, o objetivo da presidente Dilma Rousseff e da equipe econômica é retomar a confiança dos empresários, dos investidores estrangeiros e dos trabalhadores no sentido de haver mais empregos.
"Não estamos mais em tempo de pacotes, eu acho que não tem nada bombástico. Pelas perguntas parece que as pessoas estão esperando qual é a grande notícia, o coelho da cartola. Não tem coelho da cartola. A gente vai continuar buscando o equilíbrio macroeconômico, o equilíbrio fiscal, abrindo trilhas para uma retomada do crescimento", afirmou. 
Wagner conversou com jornalistas ao sair do gabinete do vice-presidente, Michel Temer. Ele solicitou o encontro como uma visita de cortesia pelo início do ano.
Na opinião do chefe da Casa Civil, a expectativa do governo para este ano é que o País consiga retomar e melhorar a economia, desafio "mais importante", de acordo com ele. "Creio que politicamente a gente fechou melhor o ano, ou pelo menos do que muita gente imaginava. Todo mundo reconhece que tem um ambiente melhor. Agora é trabalhar", disse.
Impeachment
Perguntado sobre o impasse no PMDB sobre a liderança da bancada do partido na Câmara dos Deputados e sobre apoio de integrantes da legenda, que podem ser importantes na análise do processo de impeachment contra a presidente, o ministro disse que essa é uma questão interna do partido. "Espero que as disputas políticas não caracterizem uma briga interna no PMDB. A gente vai trabalhar com o conceito de partido para que tenha nossa base mais consolidada, mais compactada", disse.
O ministro voltou a defender que a pauta do impeachment tenha um desdobramento o mais rápido possível. Na opinião dele, o governo vai derrotar o pedido já na Câmara dos Deputados.