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As recentes chuvas e as previsões de outras mais para as próximas semanas começam a mostrar que a crise hídrica que assolou várias regiões do Estado já é praticamente coisa do passado. Claro que isso pode até ser um exagero, afinal, manter vários comportamentos no que diz respeito à economia e uso racional de água tratada é importantíssimo, mesmo que o período não seja de estiagem. Por outro lado, evidenciam também uma atenção necessária por parte de todos, cidadãos e Poder Público, em relação aos impactos que podem causar.
Notícias nas últimas semanas mostraram alagamentos por causa de córregos e rios sem limpeza, inundação de condomínio residencial devido a uma obra irregular que estrangulou uma valeta de drenagem, ruas e avenidas com asfalto cedendo e criando erosões, árvores caindo porque não foram corretamente podadas, entre tantas outras situações. Trata-se tanto da falta de educação de muita gente que suja o espaço público como da omissão por parte das autoridades em realizar ações que evitem o caos.
No ano passado, algumas prefeituras da região chegaram a mostrar trabalho nesse sentido, limpando córregos, rios e bocas de lobo, mas é só chegar o período de férias que fica claro que não foi suficiente. Caso os municípios considerem que as medidas serão profícuas, ainda assim, isso não os livra da responsabilidade de continuar vigilante. É fundamental que os responsáveis, como Defesa Civil e representantes de secretarias relacionados ao assunto, circulem pelas cidades para verificar pontos propícios a problemas. Seria uma mistura de prevenção a curto prazo e ações paliativas para evitar transtornos e, principalmente, a danos físicos e materiais.
O que se espera mesmo é que as chuvas sejam capazes de fazer com que os reservatórios que abastecem região voltem a como estavam alguns anos atrás, com quase toda a sua capacidade máxima de armazenamento. Mas que, ao mesmo tempo, a população não precise ficar olhando para cima com angústia e preocupação toda vez que o céu começa e escurecer. Pode até parecer utopia pensar que as autoridades consigam ao menos minimizar essas situações, mas este é um dos seus papéis e o cumprimento dele deve ser sempre cobrado. Assim como fiscalizar e conscientizar as pessoas em lugares em que se constata o descarte irregular de lixo e entulho próximo a rios e córregos. Só com atitudes conjuntas será possível chegar a um resultado que todos esperam e evitar que todo verão seja igual, como um filme que se repete.
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