Os aeronautas e aeroviários, representados pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil da CUT (Fentac), farão uma paralisação nacional na próxima quarta-feira, das 6 às 8 horas, nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos, Santos Dumont, Galeão, Viracopos, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza.
Em assembleias realizadas anteontem, as categorias rejeitaram a proposta das empresas aéreas, que previa pagamentos parcelados por faixas salariais e não retroativos à data-base, de 1º de dezembro, de acordo com a Fentac.
A entidade disse que a última proposta previa duas possibilidades de reajuste para todos os funcionários que ganham entre R$ 1,5 mil e R$ 10 mil: 5,5% em junho de 2016 e 5,5% em setembro; ou 3% em fevereiro e 8% em setembro. Já para aqueles que ganham até R$ 1,5 mil, a proposta era parcelar o reajuste em 5,5% em fevereiro e 5,5% em junho.
Os trabalhadores reivindicam reajuste de 11% nos salários e benefícios, retroativo à data-base, para a recomposição das perdas inflacionárias. "A greve é o último recurso que temos para expressar às empresas que elas precisam valorizar e reconhecer o trabalho dos profissionais da aviação", disse o presidente da Fentac, Sergio Dias.
O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) destacou que foram feitas seis propostas desde outubro do ano passado para atender às condições pedidas pelas entidades sindicais, mesmo em momento de retração econômica, queda significativa da demanda no transporte aéreo doméstico e forte aumento de custos de operação. A entidade informou que estão sendo adotadas medidas de contingência para minimizar o impacto das paralisações. (A.B.)