Compartilhe
A 6ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção, encerrada sexta-feira, na Rússia, aprovou uma resolução proposta pelo Brasil que prevê a troca de provas e informações entre os países nos âmbitos civil e administrativo. Acordo essencial para o combate à corrupção. O que a ONU e os outros 176 países signatários talvez não saibam é que por aqui se anda no caminho inverso.
Por maiores que sejam os esforços da Justiça, de setores do Ministério Público e da polícia, em vez de facilitar os procedimentos para investigar e punir corruptos, o governo Dilma Rousseff e aliados no Congresso Nacional dificultam ao máximo. Em setembro, Dilma propôs, e o Congresso está prestes a aprovar, a repatriação de recursos não declarados depositados por brasileiros no exterior, algo que oficializa a lavagem de dinheiro.
Com interpretações menos rigorosas dos acordos de leniência, o governo pretende ainda abrandar a lei anticorrupção. A ideia é sustar a punição das empresas que participaram de transações ilícitas. Um entendimento torto, pelo qual a culpa recai sobre pessoas e não sobre as empresas, como se elas não auferissem qualquer benefício com a roubalheira.
Dilma adora dizer que é uma combatente incansável contra a corrupção. Mas não perde a chance de criticar a delação premiada - instrumento precioso para descobrir a ladroagem e os caminhos dela. Na mesma linha, seu padrinho Lula chama os depoimentos, que agora constrangem a ele e seus familiares, de "mentira premiada".
O Brasil aplaudido na ONU é roubado todos os dias. Pior: é complacente e permissivo. Trata a corrupção e a roubalheira desenfreada como crimes banais. Frequenta o inferno.
Convive com presidentes da República que chamam de aloprados gente flagrada em delito, que dão nome de malfeito ao roubo deslavado dos cofres. Engole Caixa 2 como recursos não contabilizados e chama os ladrões que compraram votos de mensaleiros. Dá o simpático apelido de pedaladas aos graves crimes de responsabilidade fiscal cometidos por Dilma. Está longe de fazer jus aos aplausos.
Cidades
Coral Musicativa leva Carmina Burana ao Cemforpe neste sábado (5)
Cidades
Damasio cobra isenção de impostos para hortifrutis
Cidades
CCR RioSP em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal orienta os peregrinos
Cidades
Dr Camargo é reeleito a prefeito de Arujá em 2024
Cidades
Mara Bertaiolli será a primeira mulher a comandar a Prefeitura de Mogi