Cerca de 300 pessoas se concentraram na tarde de ontem em frente à sede da Petrobras em São Paulo para realização do ato "em defesa da democracia, da Petrobras e contra o ajuste fiscal". A maioria dos participantes é ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e havia representantes de movimentos sociais, como Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e Central de Movimentos Populares.
Entre as várias faixas exibidas pelos manifestantes, destacaram-se uma em que se lê "Defesa do movimento popular, abaixo o plano Renan-Levy" e outra que dizia "Fora, Levy, eu quero a Dilma que elegi". "O ministro Joaquim Levy simboliza a guinada da política econômica da presidente Dilma Rousseff. Ele representa corte de gastos, o que está relacionado com a realidade que temos, que é 1 milhão de desempregados formais, adiamento da liberação de verbas para o Minha Casa Minha Vida e fechamento do Farmácia Popular", comentou Marcus Sokol, membro da Executiva Nacional do PT.
Na avaliação do presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, a manifestação desse sábado, que representou 30 entidades populares e de trabalhadores, foi um apoio explícito à Petrobras, que faz hoje 62 anos. "Além da defesa da democracia, contra o impeachment da presidente Dilma, é importante destacar essa companhia, que é patrimônio nacional", disse. "É preciso separar duas questões. Uma é a apuração de atos de dirigentes da Petrobras que teriam cometido corrupção e devem responder perante a lei. Mas a estatal é importante para o País e é preciso que continue trabalhando para viabilizar investimentos e geração de empregos". (A.E.)