O governo deve apresentar, até o final da semana, alterações à meta fiscal deste ano, informou ontem o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner. De acordo com o ministro, "vai ter que sair uma mensagem" por parte do Executivo posicionando-se sobre o indicador, que mede a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública.
Wagner não detalhou se haverá uma redução da meta do superávit previsto, de 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no País), ou um corte maior no Orçamento, por conta da retração que os indicadores econômicos vêm prevendo para o Brasil em 2015.
Jaques Wagner conversou rapidamente com jornalistas após se encontrar com o presidente da República em exercício Michel Temer. Ao ser perguntado quando haveria um posicionamento do governo sobre o Orçamento deste ano, ele respondeu: "Até o final desta semana", disse.
Em julho, a equipe econômica diminuiu a meta para os 0,15% do PIB, o que representou previsão de economia de R$ 8,747 bilhões, frente aos R$ 66,3 bilhões (1,1% do PIB) que estavam sendo planejados pelo governo até então.
As alterações precisam ser apreciadas ainda pelo Congresso Nacional .
Segundo o ministro, é preciso que a Câmara e o Senado dê andamento às pautas econômicas que estão em tramitação nas duas Casas. Ele citou, como exemplos, a proposta que recria a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a que prorroga a Desvinculação das Receitas da União (DRU) - mecanismo que permite uso livre de parte das receitas arrecadada.