Já é de conhecimento das autoridades que quando a temperatura média semanal é elevada, ultrapassando os 22°C, aumenta-se o risco de transmissão de dengue, em qualquer época do ano, porque a multiplicação do mosquito fica mais rápida e ele consegue passar o vírus em menos tempo. Tivemos isso no verão passado, no outono e mesmo agora neste inverno, que também registrou dias de recorde de calor. E as próximas estações - a primavera, que começa às 5h20 do dia 23 deste mês, e na sequência o verão - prometem, naturalmente, muito calor, chuvas, umidade, condições que o Aedes aegypti tanto adora.
Diante de tudo isso, e da epidemia de dengue que este ano atingiu, no mínimo, uma a cada dez cidades do Brasil, é preciso que as autoridades do Alto Tietê não percam tempo e, num trabalho conjunto, armem seus esquemas para minimizar os problemas dessa doença. E ontem, reportagem publicada pelo Mogi News mostra que a Secretaria do Estado da Saúde contratou recentemente mais 500 agentes para auxiliar no combate à dengue em várias cidades de São Paulo. De acordo com o texto, esse novo grupo, contratado por meio da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) deverá colaborar com os atuais profissionais que já trabalham espalhados por todo o território paulista. A secretaria afirmou também que as prefeituras podem entrar em contato para tentar levar alguns dos novos agentes para a cidade, a fim de atuar na prevenção da doença.
Por enquanto, nenhuma prefeitura da região havia solicitado oficialmente, até a sexta-feira, um desses agentes. Não queremos aqui ensinar o Pai Nosso ao vigário, mas também não podemos concordar que um assunto tão importante e impactante como esse - a dengue - seja deixado para depois. É preciso, já, ter planejamento de ações, que vão desde a mobilização da sociedade até a parte que cabe aos municípios.