O mecânico Alberico Alves de Oliveira, de 31 anos, matou as duas filhas, Dandara e Emanuelly, de 4 e 2 anos, respectivamente. As crianças foram encontradas mortas na casa dele, sem sinais de violência. Oliveira se enforcou com uma corda na janela da residência. O assassino ainda chegou a mandar uma mensagem para a mãe das crianças - Valéria Candido de Oliveira, 25 - dizendo que elas estavam mortas dentro da casa, no Parque Rodrigo Barreto, em Arujá. De acordo com parentes da ex-mulher do mecânico, o relacionamento do ex-casal era conturbado e, no mês passado, ela teria registrado um boletim de ocorrência (B.O.) contra ele, por ter sofrido ameaças.
De acordo com a família de Valéria que, bastante abalada, não conseguiu falar com a reportagem por telefone, Alberico ligou anteontem para a ex-esposa pedindo para ficar com as filhas. Uma cunhada dela informou que eles ficaram casados por seis anos e que, depois que se separaram, ele ficou morando perto da ex-mulher e das filhas, em Guarulhos, porém tinha uma casa alugada na rua Onze, no Parque Rodrigo Barreto, em Arujá. Quando ligou para ficar com as crianças, já estava há cerca de dois meses sem ver as filhas, mas alegou que queria "levá-las ao shopping", sendo que ficou combinado que iria devolvê-las à noite.
Quando anoiteceu, ele não entregou as meninas e a mãe, preocupada, verificou que ele iria entregá-las às 10 horas do dia seguinte. Somente na parte da manhã, estranhando a demora, foi que Valéria solicitou a uma cunhada que checasse o que estava acontecendo e a família descobriu que ele não estava na casa de Guarulhos com as garotas, mas sim em Arujá. Esta parente foi até o imóvel, acionou a Polícia Militar e os três foram encontrados mortos.
Nenhuma carta ou bilhete foi localizado no imóvel. Os corpos das meninas e do pai delas, que se matou foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Guarulhos.