A Câmara Municipal iniciou uma articulação com o governo federal para criar um projeto de infraestrutura para o distrito industrial do Taboão. Anteontem, o presidente do Legislativo, Antonio Lino (PSD) e o vereador Sadao Sakai (PR) participaram de uma reunião com o deputado federal Marcio Alvino (PR), que se comprometeu a buscar apoio em Brasília. A estimativa é que apenas o projeto básico, que apontará quais obras de infraestrutura deverão ser feitas, custe entre R$ 5 e R$ 7 milhões. O investimento inicial para desenvolver o Taboão está previsto em cerca de R$ 150 milhões.
Lino explicou que o encontro com Alvino é o primeiro passo para conseguir a verba. "Precisamos saber exatamente quais são as obras necessárias. O projeto é caro, pois todo limite da área industrial terá que ser levantado, bem como as estradas vicinais. Além disso, é preciso analisar se haverá desapropriações", acrescentou.
O presidente afirmou que a ideia é que uma empresa especializada faça este levantamento. "Temos parques industriais que foram feitos em Sorocaba, Vinhedo, Valinhos, Indaiatuba e Jundiaí. Precisamos ir atrás destas empresas. O objetivo é criar uma 'cortina' de cidades industriais, como Sorocaba e Jundiaí", destacou.
O objetivo do projeto é atrair mais investimentos para Mogi e fortalecer a economia da cidade. "Temos uma localização estratégica e quando tivermos uma infraestrutura boa, muitas empresas vão querer se instalar. O Taboão tem muitas áreas. Hoje, o metro quadrado no distrito gira em torno de R$ 100 a R$ 200, em Jundiaí, por exemplo, já está R$ 600. Com este projeto, podemos definir áreas por setores, como para empresas de metalurgia e fábricas não poluentes", argumentou o presidente.
Frente
No próximo dia 18, o deputado estadual Marcos Damásio (PR) lançará a Frente Parlamentar em prol do Taboão na Assembleia Legislativa. Silva afirmou que participará do evento e destacou que a ideia é unir forças.
O presidente da Associação Gestora do Distrito Industrial do Taboão (Agestab), Osvaldo Baradel, avaliou que investimentos são necessários. "Não é apenas o Taboão será beneficiado, mas toda a cidade com a geração de empregos. A grande dificuldade são as estradas que são muita estreitas e perigosas. Estamos ao lado da Ayrton Senna, mas precisamos de acessos. Acredito que com esta articulação, muitas empresas vão se interessar para vir ao Taboão", afirmou Baradel em uma recente entrevista.