O nível de atividade e o número de empregados na indústria da construção fecharam o primeiro semestre do ano em queda, segundo a Sondagem Indústria da Construção divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Em relação ao mês de junho, o índice de evolução do nível de atividade do setor variou dentro da margem de erro e fechou o mês de julho em 38,2 pontos. A evolução do número de empregados apresentou o mesmo comportamento e terminou o mês passado em 36 pontos.
Os dois indicadores ficaram abaixo de 50 pontos, o que significa queda da atividade e do emprego. Pela metodologia, os valores da pesquisa variam de 0 a 100 pontos, sendo que índices menores que 50 pontos indicam cenário de queda.
A CNI divulgou ainda que, em julho, o uso da capacidade de operação permaneceu estável ante junho, mantendo-se em 60% e nove pontos porcentuais menor do que o observado em julho de 2014. O índice efetivo de atividade também oscilou dentro da margem de erro, fechando o mês de julho em 28,5 pontos, também abaixo dos 50 pontos. Em 12 meses, o índice de atividade em relação ao usual recua 13,8 pontos.
A intenção de investimento permanece em queda. Segundo a pesquisa, a expectativa para agosto recuou 3,1 pontos e atingiu 26,6 pontos, o menor valor desde novembro de 2013. Para a entidade, os empresários da construção continuam pessimistas. A expectativa sobre novos empreendimentos e número de empregos é de 41,1 pontos. Sobre a compra de matérias primas, a expectativa é de 40,5 pontos.
A previsão sobre o nível de atividade nos próximos seis meses é ainda pior e marcaram 41,7 pontos. Neste caso, os indicadores também variam de 0 a 100 pontos e quando abaixo de 50 pontos, indicam expectativa negativa.