O ajudante José Carlos Silvestrini, de 32 anos, foi preso em flagrante, na madrugada de ontem, no Parque Palmeiras, em Suzano, depois de confessar ter matado a pauladas um morador de rua, conhecido apenas como "Bahia". O crime ocorreu ao lado da serralheria, onde o suspeito trabalha, na rodovia Índio Tibiriçá (SP-31), pouco antes da 1 hora. Silvestrini teria usado um cabo de enxada para acertar Bahia.
Embora o suspeito tenha confessado a autoria do crime, as circunstâncias em que ele ocorreu ainda não foram esclarecidas. Ele informou aos policiais que matou o morador de rua "em legítima defesa", uma vez que, segundo o serralheiro, este o teria agredido fisicamente após uma discussão.
Para se defender, então, Silvestrini teria utilizado o cabo de madeira e acertado a cabeça da vítima, provocando lesões profundas na face e no crânio da vítima. Bahia ainda tinha uma camisa esverdeada, de mangas longas, comprimindo o pescoço.
Já o dono da serralheria, 43, informou que passava pelo local, vindo de Ribeirão Pires, e percebeu uma das luzes acesas. O proprietário desceu do carro e chamou por Silvestrini, que, por não ter onde morar, sempre dormia no local. Entretanto, quem apareceu no muro da propriedade foi Bahia, informando que o serralheiro não estava.
Enquanto a vítima conversava com o dono do estabelecimento, Bahia foi puxado para trás. Intrigado, o proprietário perguntou a um segurança de outro comércio o que estava acontecendo e, quando decidiu entrar, o morador de rua já estava morto. Silvestrini surgiu em seguida, dizendo: "Matei o cara! Matei o cara".
A Polícia Militar foi chamada e Silvestrini foi detido a 600 metros do local do crime. Testemunhas disseram que o suspeito parecia estar sob o efeito de drogas.
Usuário
O proprietário da serralheria informou que o suspeito trabalha no local como serralheiro e é usuário de crack, porém o vício nunca o impediu de exercer as funções. Além de trabalhar como serralheiro, Silvestrini dormia no local, no período noturno e, às vezes, vigiava o local, que já foi furtado uma vez. Na ocasião, os bandidos levaram R$ 8 mil, um notebook e uma bicicleta.