A rodovia Mogi Bertioga (SP-98) continua perigosa. Apesar de passar por reformas, receber novas e melhores sinalizações e conseguir diminuir os índices de acidentes, a principal via que liga a região do Alto Tietê ao litoral ainda faz muitas vítimas e exige enorme atenção de todos os motoristas. Só neste mês foram cinco mortes em três acidentes diferentes. O pior de todos ocorreu ontem de manhã, quando morreram três pessoas.
Por volta das 9h30, um caminhão que carregava tijolos tombou na altura do km 82,2, no trecho que fica em Biritiba Mirim. Os três ocupantes do veículo não resistiram aos ferimentos. O local onde ocorreu o acidente é historicamente conhecido por ser perigoso, principalmente para veículos de grande porte, que costumam tombar em uma curva. 
No dia 10 de julho, um ciclista morreu após ser atingido por uma moto na altura do km 59, sentido Bertioga. O homem que estava na bicicleta morreu na hora após a colisão com o motoqueiro. Este tinha sido o segundo acidente fatal envolvendo moto naquela semana, já que um rapaz também em uma moto, dias depois, não resistiu aos ferimentos após ser socorrido depois de uma queda. Segundo testemunhas, o homem perdeu o controle do veículo após uma pessoa invadir a pista. 
Os três acidentes registrados neste mês mostram que a rodovia continua perigosa. Até o momento, em nenhum caso foi confirmada grande imprudência, e sim fatalidades. Um choque entre um ciclista e um motoqueiro, um homem que invade a pista e faz o motorista perder o controle ou um caminhoneiro que se perdeu em uma curva fechada. Claro que pode ter ocorrido falta de atenção, mas não temos nestas situações pessoas embriagadas ou mal intencionadas no trânsito. 
Diante dos três acidentes, é possível perceber que a estrada em si é também um fator causador de acidentes. Suas curvas fechadas, falta de acostamento e de sinalização para aumentar a atenção do motorista são, sim, culpadas por milhares de acidentes. Uma estrada que exige atenção total do motorista. Não é uma estrada comum.