O Guia de Atividade Física para População Brasileira, do Ministério da Saúde, destaca que a prática constante de atividade físicas em pessoas idosas traz vários benefícios, como a melhora da saúde, da atenção e concentração, além de fortalecer músculos e ossos. Com o ciclismo, não é diferente, unindo atividade física, mobilidade, esporte e lazer. Na edição de hoje, que antecipa o Dia do Ciclista, comemorado nesta segunda-feira, dia 19 de agosto, data celebrada desde 2018, destaque para a importância da prática para todas as idades. 

A aposentada Marisa Crespo Reginato, de 60 anos, conta que adotou o ciclismo como prática regular de atividade física aos 57 anos. “Fui levada por uma amiga para conhecer o Projeto Pedalar, a princípio comprei uma bicicleta usada de outra amiga e logo me apaixonei pelo ciclismo. Hoje virou uma atividade física que faço no mínimo uma vez por semana, meu desejo não é me tornar uma ciclista profissional, mas sim curtir. E eu consigo curtir bastante, até vicia! É uma superação a cada dia”, explica Marisa. 

Agora já experiente na atividade, Marisa ainda toma cuidados e anda com cautela. Ela ressalta a importância de conhecer seus limites. “Quando estou na bicicleta, eu agradeço por estar fazendo isso. Em relação a saúde física, eu fiquei com mais disposição e me vi superando vários obstáculos. Além disso, me ver subido um morro, pedalando por vários quilômetros, ajuda muito minha saúde mental também, pois vejo que sou capaz sim!”, completa. 

Além dos inúmeros benefícios que a atividade proporciona, a ciclista ainda evidencia os laços sociais que fez a partir do grupo que frequenta. Uma de suas amigas é a aposentada Morgana Pereira da Silva, 61, que aprendeu a andar de bicicleta aos 59 anos, também com o Projeto Pedalar. 

“Eu fui aprendendo aos poucos. Toda sexta-feira fazemos um pedal treino indo para algum lugar diferente. Então a convivência com o grupo e a prática constante muda a vida da gente. A bicicleta entrou na minha vida e enquanto eu aguentar ela vai permanecer”, destaca Morgana. “É muito prazeroso e eu indico para todo mundo. Eu me sinto mais disposta e feliz todos os dias. E a saúde mental é o que mais conta, volto pra casa cansada, mas volto muito feliz!”, complementou. 

A nova prática também traz desafios pela infraestrutura da cidade, segundo Morgana: “As ciclovias da cidade infelizmente não são boas. O trânsito também não colabora. Geralmente vamos de carro até a trilha que vamos percorrer, e de lá começamos nosso percurso com a bicicleta, sempre prezando pela segurança de todos. É o único ponto negativo que temos, mas vamos driblando com coragem e vontade de andar”. 

A aposentada reforça que a influência da atividade foi tão grande que conseguiu levar sobrinhos, amigos e até sua neta para começar pedalar. “Acabou virando uma grande corrente, fui influenciada e hoje influencio outras pessoas a conhecer essa atividade que me faz tão feliz”, comenta. “A bicicleta mudou a minha vida, é uma superação constante. Eu faço outras atividades também, mas nenhuma me dá tanto prazer quanto andar de bicicleta. É saúde, superação e muitas amizades! Meu desejo agora é ir para destinos mais longes e me superar cada vez mais”, finaliza. 


*Texto supervisionado pelo editor.