Os números do trânsito sempre impressionam, ainda mais quando contabilizamos os acidentes com vítimas fatais registrados nas cidades da região. De acordo com os dados do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo (Infosiga), divulgados nesta terça-feira (16), houve aumento de 21% no número de morte no trânsito do Alto Tietê, levando em conta os 17 óbitos registrados em novembro e 14 no mesmo período do ano passado. Esse é um dos destaques da nossa edição digital de hoje (17).
Embora, no acumulado do ano, entre janeiro e novembro, comparando os dados do ano passado e deste ano, a maior parte das cidades apresente redução no número de vítimas fatais. Essa variação, pode ser encarada com otimismo, mostrando que estão dando certo as políticas públicas voltadas para a segurança viária. Mas é preciso se atentar que novembro ficou entre os meses com mais mortes no trânsito do ano.
Claro que temos avançado na segurança viária, com investimentos constantes de Prefeituras e do Governo do Estado, mas sempre é preciso ir além, e estender as ações para abranger cada vez mais pessoas. Em Mogi das Cruzes, um programa importante é a Escola Mirim de Trânsito levando conscientização para alunos de escolas públicas e particulares, que vão se tornam multiplicadores e vão chamar a atenção de pais e responsáveis sobre o comportamento no trânsito.
Também vale lembrar da campanha Maio Amarelo, voltada para a segurança viária, que precisa ter as ações estendidas ao longo de todo ano, tendo como alvo principalmente os motoristas, profissionais ou não, e todos as pessoas que circulam pelas cidades, como motociclistas e ciclistas. Aliás é importante que estes dois últimos grupos tenham políticas mais específicas e espaços de maior segurança nas vias. No caso dos ciclistas, falta em todas as cidades mais ciclovias para que mais que um meio de passeio, se torne um meio efetivo e seguro de locomoção.
Como sempre temos muitos desafios, é preciso que as políticas públicas sejam mais efetivas, e também os muitos atores do trânsito estejam mais conscientes de seus direitos e deveres.