A cobrança do pedágio começa neste sábado, 1 de novembro, nas rodovias Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga, desde o ano passado administradas pela Concessionária Novo Litoral (CNL). A mobilização contrária à medida vem crescendo com ações judiciais, e inclusive uma carta aberta assinada por autoridades e lideranças de Mogi das Cruzes para ser encaminhada ao governador Tarcísio de Freitas, , que um passado não tão distante, na época das eleições, disse ser contrário ao pedágio.  

Nesta sexta-feira (31/10), a decisão favorável à Arujá que suspendeu a cobrança para motoristas com veículos licenciados na cidade, no trecho da Mogi-Dutra, que liga as rodovias Ayrton Senna e Dutra. Porém, Mogi também obteve um liminar que depois foi suspensa, e agora corre contra o tempo com um recurso para reverter a decisão do presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Fernando Antonio Torres Garcia. 

No ato de quinta-feira (30/10) na Prefeitura de Mogi, o procurador geral Felipe Hermanson falou na possibilidade de recorrer inclusive ao Supremo Tribunal Federal (STF) se for necessário. O prefeito de Arujá, Luís Camargo, comemorou a decisão desta sexta, mas também disse que pode brigar até a última instância. 

Um novo ato também está marcado hoje na própria Mogi-Dutra, organizado pelo Movimento Pedágio Não, reunindo lideranças da cidade que desde 2019 se mobilizam contra a medida, que não chegou a sair do papel nos governos passados. 

A única certeza que se tem no momento é que a cobrança tem início hoje, já devidamente autorizada pela Artesp, a Agência Reguladora do Transporte do Estado, sem as tradicionais praças de pedágio, por meio dos pórticos, sendo a primeira do Estado a operar 100% dessa forma. Medida que é justificada pela concessionária e pelo Estado com base em investimentos que vem sendo feitos. A luta agora é pela isenção, para que o mogiano e também os moradores de Arujá não sejam penalizados pela cobrança, seja ela proporcional ao trecho ou não, com impactos também na economia local, aumentando os custos para produtores e comerciantes.