A cada mês acompanhamos os números divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado, com base nos registros feitos em delegacias do Estado, com destaque para as cidades do Alto Tietê. Os números oscilam, mas os dados de agosto, divulgados nesta semana, revelam um aumento significativo no número de homicídios dolosos, que é quando há a intenção de matar.
É preocupante que tantos casos desse crime tão violento sejam registrados ao longo dos primeiros oito meses do ano na região. A sensação de insegurança se mantém, e persegue a população em qualquer horário do dia ou da noite, em áreas centrais e também periféricas ou não. A vida parece ter um valor diferente, diante de uma situação de conflito extremo, e é preciso que haja outros caminhos.
O combate à violência está certamente no aumento do efetivo policial, uma reivindicação antiga no Alto Tietê, e provavelmente em outras regiões do Estado, assim como a valorização desses profissionais essências. São necessárias também em ações que fortaleçam a cidadania e a dignidade em comunidades mais vulneráveis e nas demais parcelas da população, que se tornam vítimas da criminalidade e por vezes algozes nos mais variados indicadores.
Temos tido importantes avanços com a ampliação do monitoramento em diversas cidades, e operações que integram as diferentes forças de segurança e também unem as cidades, diante da proximidade das divisas. O combate conjunto ao crime reforça as ações e mostra aos criminosos a força de nossos agentes, sejam dos diferentes grupamentos das Polícias Militar ou Civil, como também as Guardas Civis Municipais, cada vez melhor preparadas e equipadas para servir e proteger a população.
Em Mogi das Cruzes, tivemos um avanço importante recente com a remuneração para guardas civis trabalharem em períodos de folga, semelhante à Atividade Delegada para policiais militares. A medida também fortalece o contingente de segurança nas ruas. Todo o esforço é bem-vindo e deve ser intensificado para que toda a população se sinta cada vez mais seguros.