Além das festas, celebrando o Natal e o Ano Novo, o fim de ano também é o momento de um salário a mais para quem está no mercado formal. O 13º é um recurso importante, que pode ajudar nas compras de dezembro, ser usado para quitar dívidas, para uma reforma ou ainda para uma reserva esperando as contas de janeiro, como impostos e a compra do material escolar. Tudo resolvido dentro do planejamento financeiro estabelecido por cada pessoa, por cada família.
Uma estimativa, divulgada recentemente pela regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) no Alto Tietê, previa, que apenas entre os trabalhadores da indústria de transformação, o aporte seria em torno de R$ 200 milhões na economia regional. Pensando nos demais setores, esse número deve crescer consideravelmente, contribuindo para movimentar a economia, aquecendo o comércio e também o setor de prestação de serviços.
Em tempos de instabilidade econômica, com o dólar aumentando a cada dia, o que impacta toda a economia, e não apenas quem se prepara para uma viagem internacional ou trabalha diretamente com a moeda americana, é importante que mais recursos sejam injetados na economia, fazendo com um círculo virtuoso se forme. Mais compras no comércio, mais pedidos na indústria, mais contratações de forma geral nos mais diversos setores. Porém, é preciso estabilidade para que isso permaneça ao longo do próximo ano.
O desafio é principalmente do governo federal, que precisa se planejar, equilibrar as contas e manter os gastos dentro de um limite razoável. O que os especialistas apontam é que com o dólar mais caro e os juros aumentando quem tem dinheiro para investir acaba optando pelos ganhos do mercado financeiro, em vez do incremento na produção de bens e serviços. E para o desenvolvimento do país, com impactos no fortalecimento da economia, e também na melhoria das condições sociais, a segunda opção é muito mais vantajosa.
Que bons ventos cheguem com 2025, mudando o cenário, ou pelo menos reduzindo os efeitos que já se refletem no bolso de todos.