Com os recentes casos de assédio e até estupro envolvendo profissionais da saúde, realizar consultas, exames e cirurgias sozinha se tornou um momento de apreensão para muitas mulheres. Em um momento onde as pacientes se encontram vulneráveis e muitas vezes até sedadas, o sentimento de insegurança surge. Um ambiente que deveria ser de cuidado e proteção se torna uma área de risco e medo que não deveria existir.
A boa notícia é que uma forma simples e sem custo para resolver esse problema foi aprovada nesta semana em Mogi. Trata-se de uma lei, apresentada pelo vereador José Luiz Furtado (PL), que assegura às mulheres o direito a presença de acompanhante, de livre escolha da paciente, no decorrer do atendimento em todos os estabelecimentos públicos e privados de saúde, sendo que na ausência do acompanhante mencionado, o mesmo pode ser a enfermeira e ou auxiliar de enfermagem do sexo feminino, presente no local.
A medida vale para consultas, exames, cirurgias e outros procedimentos, especialmente em caso de sedação. A lei também destaca que esse direito deve ser amplamente divulgado para que as mulheres tenham conhecimento sobre o mesmo.
A lei, importante e bastante defendida pelos vereadores mogianos, precisa ser sancionada e regulamentada pela Prefeitura para que passe a valer e é exatamente isso que se espera da administração do prefeito Caio Cunha (Podemos). Esse direito precisa ser garantido e o quanto antes, afinal as mulheres não podem se sentir inseguras até mesmo em ambientes médicos, onde seus corpos precisam ser preservados e cuidados e não molestados.
É claro que não se deve generalizar essa situação. A grande maioria dos profissionais da saúde cumpre seu papel com ética e profissionalismo, mas é preciso estar resguardado contra uma minoria criminosa que se aproveita de pacientes, muitas vezes desacordada.
Mogi dá um passo a frente nesse sentido e as demais cidades da região podem e devem se inspirar e copiar esse iniciativa que também tramita na esfera federal. A população feminina do Alto Tietê agradece.
