Um dos desafios que o país enfrenta, mesmo antes dos momentos mais duros da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), é gerar vagas para uma demanda de milhões que não encontram oportunidades no mercado de trabalho, seja para se recolocar ou como primeiro emprego. A situação se agravou com o distanciamento social obrigatório e o isolamento exigidos pelos protocolos sanitários, que fez com que muitos comércios e prestadores de serviços encerrassem as atividades. A situação é vivida em diferentes localidades, assim como nas cidades da região.

De acordo com dados divulgados pelo governo do Estado, um a cada três empregos gerados no país é de São Paulo. O saldo no mês de maio, anunciado ontem pelo Ministério do Trabalho, é de 85,6 mil, segundo os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O que mostra o potencial do Estado, sem dúvida o destaque nacional, com 30% do total acumulado pelo país que contabilizou 277 mil novos empregos. Na região, o saldo positivo é de mais de três mil vagas.

Números importantes que mostram que a economia aparentemente ganha novo fôlego, apesar de ainda respirar com a ajuda de aparelhos. Embora a ida ao posto esteja um pouco menos penosa com a ligeira queda no preço da gasolina nos últimos dias, a conta do supermercado ainda assusta. Cabe aos governos, principalmente, o federal tornar efetiva políticas públicas que incentivem a geração de vagas, e consequentemente movimentem a economia.

E indo além do mercado formal de trabalho, que muda e exige também a capacitação e requalificação de profissionais, o incentivo deve se estender ao empreendedorismo. Um empreender que seja mais por enxergar oportunidades do que por necessidade, como geralmente ocorre diante da situação vivida por milhões de desempregados.

Nesse cenário destaque para a modalidade Microempreendedor Individual (MEI), que permite a formalização do pequeno negócios com o pagamento de impostos com valores acessíveis, e programas estaduais como o Banco do Povo, de microcrédito para pequenos negócios.