Figura essencial para manter a roda da economia girando, os pequenos negócios ganham cada vez mais importância. Nos últimos anos, antes mesmo do surgimento da pandemia de Covid-19, já era crescente o número de pessoas empreendendo por conta própria, muitas vez não por enxergar uma oportunidade de negócio, mas por necessidade de manter a renda familiar.
Aparentemente nem os tempos mais duros da pandemia foram capazes de refrear o crescimento da modalidade de empreendedor individual (MEIs). Por outro lado, talvez esse mesmo fator que acelerou a entrada de muitos nesta modalidade, buscando novas formas para garantir a sobrevivência.
Destaque na edição de hoje para os mais de 120 mil microempreendedores formalizados no Alto Tietê, de acordo com números do Sebrae. Com crescimento acima de 20% em algumas cidades, na relação entre janeiro do ano passado e o mesmo período deste ano. O que mostra a força desse segmento.
Com as transformações do mercado de trabalho, se tornar um microempreendedor individual (MEI) permite manter os impostos em dia e garantir benefícios previdenciários. A adesão à modalidade é restrita para faturamentos de até R$ 81 mil ao ano, e a determinadas atividades.
Porém, se tornar pessoa jurídica tem seus desafios, não se trata apenas de produzir determinado item ou prestar algum tipo de serviço, é preciso se organizar, planejar seu negócio, e tantas outras tarefas, que se somam na vida do empreendedor. O que demanda capacitação e a oferta de serviços públicos que possam atender essas necessidades, como já acontece no Sebrae e outros serviços destinados a pequenos empreendedores.
Como já dissemos aqui, a oferta de qualificação, de oportunidades de ensino de qualidade desde muito cedo, com estímulo inclusive ao empreendedorismo, são fundamentais para o desenvolvimento não apenas econômico como social do País. Mesmo com as críticas à onda de "pejotização", do trabalho sem vínculos empregatícios, cada vez mais uma tendência nas empresas, como o fim de direitos, alguns previstos na modalidade MEI.