O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante a quinta-feira passada, sugeriu que a vacinação contra o coronavírus (Covid-19) em adolescentes, sem comorbidades, fosse interrompida. A recomendação do chefe da Pasta nacional contraria a própria Agência de Vigilância Sanitária (Avinsa) e a Organização Mundial da Saúde (OMS). A suspensão recomendada por Queiroga seria por causa da morte de um jovem, em São Paulo, que teria falecido após tomar a primeira dose. O caso está sendo investigado, porém a Anvisa aponta que, por enquanto, não há qualquer indício entre a aplicação do imunizante e o óbito do jovem. A recomendação ainda aponta para aqueles jovens que já tomaram a primeira dose, não completam o ciclo vacinal.
Nas entrelinhas, parece que a decisão teria partido do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e a iniciativa foi acatada pelo ministro. No entanto, ao que parece, governos estaduais, entre eles o de São Paulo, vão manter a campanha. Sendo assim, as cidades do Alto Tietê devem manter as imunizações para o público adolescente, o que deve proteger mais esta parcela da população.
Ainda bem que a vacinação será mantida, todos estão sendo imunizados e chegou a vez dos mais jovens, é claro, ainda faltam as crianças, mas por certo ainda faltam estudos sobre a dosagem que pode ser aplicada aos pequenos para que estes, também, fiquem protegidos, e assim a vacinação possa alcançar 100% da população brasileira. Claro que tem aqueles que não querem se vacinar por motivos ideológicos, mas isto é do foro íntimo de cada um e, certamente, deverão arcar com algumas consequências.
Atitudes como esta, vindo do governo federal, não ajudam muito e acabam assustando as pessoas, e inflando ainda mais a bolha ideológica do Palácio do Planalto. Ora, as vacinas se mostraram seguras, certamente não são 100%, assim como nenhuma outra, mas testes já mostraram que são seguras e eficazes. Interromper algo que está dando certo é um erro, a não ser que haja, de fato, a comprovação de que os imunizantes fazem mal, mas, até agora, não há nada que corrobore isso.
