O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) rejeitou ontem o pedido do Cruzeiro para que o confronto com o Palmeiras, amanhã, no Mineirão, seja disputado apenas com a presença da torcida do clube mandante. O duelo, pela última rodada do Campeonato Brasileiro, pode culminar no rebaixamento do time mineiro à segunda divisão nacional.
O presidente do STJD, Paulo César Salomão Filho, destaca que o reforço na segurança deve ser a medida adotada pelo Cruzeiro. Além disso, o STJD avisou que se o Cruzeiro considerar que não há segurança para a realização do jogo com a presença dos dois clubes, deve realizar o confronto com os portões do Mineirão fechados. Mas precisará arcar com efeitos dessa medida drástica, como uma eventual punição pelo tribunal esportivo.
"Se o Clube Requerente está certo de que não tem condições de realizar a partida com segurança, até por força de outros eventos que serão realizados no entorno do Estádio - e que assim como o jogo, já estavam programados desde o início do ano - deverá, por ato próprio, e não deste STJD, cerrar os portões para todos os torcedores, expondo-se aos riscos e consequências dessa decisão", afirmou Salomão Filho.
"Caso entenda que os órgãos públicos não podem garantir a segurança dos torcedores que irão comparecer ao evento, deve realizar a partida sem a presença de nenhum público (com portões fechados), cumprindo com tal medida a determinação que a legislação de regência impõe ao clube mandante", acrescenta o presidente do STJD.
O Cruzeiro e o Ministério Público de Minas Gerais consideram o confronto de alto risco por alguns cenários, sendo o principal deles o risco de rebaixamento do time, que precisa vencer o Palmeiras e ainda contar com uma derrota do Ceará para o Botafogo, domingo, no Engenhão, para permanecer na Série A. (E.C.)