O Legislativo de Mogi também se manifestou contrário a instalação de pedágio nas rodovias Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga após o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmar ser “praticamente impossível” não ter a concessão das vias e a cobrança para uso das mesmas. De acordo com o presidente da Casa de Leis, Marcos Furlan (PSD), a Câmara seguirá trabalhando para sensibilizar o Governo do Estado sobre os prejuízos dessa ação e impedir que os estudos para instalação do sistema avancem.
“Entendemos que são muitos os desafios enfrentados pelo governador Tarcísio de Freitas ao gerir o estado mais populoso do Brasil, portanto, sua atenção e planejamento se dá no plano macro. Tratar as especificidades de cada região, explicar o contexto local e apontar as melhores soluções cabem a nós lideranças políticas regionais e municipais”, pontuou Furlan.
Segundo ele, nesse sentido, a Câmara de Mogi, ao lado do prefeito Caio Cunha (PODE), tem trabalhado junto à sociedade civil, aos deputados estaduais André do Prado (PL) e Marcos Damásio (PL), bem como com os deputados federais Rodrigo Gambale (PODE), Marco Bertaiolli (PSD) e Márcio Alvino (PL), para “levar ao conhecimento do governador a realidade e o cotidiano de quem mais utiliza as rodovias Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga”.
O presidente relembrou ainda que no dia 9 de maio a Câmara aprovou uma Moção de Apelo solicitando ao governador a desistência de implantar este sistema de pedágio nas rodovias. “Vamos seguir trabalhando, convocando nossas lideranças políticas nas esferas municipal, estadual e federal, e apoiando os movimentos da sociedade civil para sensibilizar o governador antes que os estudos de concessão avancem”, acrescentou.
Furlan destacou também alguns do argumentos que justificam o posicionamento contrários a cobrança, entre eles o fato de que a Mogi-Dutra atravessa o Distrito do Taboão, um importante polo industrial da cidade; a dependência da economia local do escoamento da produção agrícola, que, independentemente do modal tecnológico, sofreria com o pedágio; bem como a densidade demográfica dos bairros que estão no entorno das rodovias Mogi-Dutra e Mogi Bertioga aumentando o custo de vida e o deslocamento de milhares de pessoas.