Mogi - Representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes promoveram na manhã de ontem um protesto no portão de entrada da fábrica da Valtra, localizada no distrito de Braz Cubas. A manifestação, segundo a entidade sindical, contou com a adesão de 700 funcionários da unidade que produz máquinas agrícolas. Dentre as reivindicações, estão a equiparação de rendimentos pelo programa de Participação de Lucros e Resultados (PLR) com as demais unidades e melhorias nas condições de trabalho para contratados e terceirizados.

David Martins de Carvalho, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, afirma que em 2021 o pagamento da PLR para os funcionários de Mogi esteve abaixo do que foi pago na unidade de Canoas/RS, embora as metas estipuladas fossem superiores.

Outra reivindicação é sobre a política de cargos e salários, considerada pouco clara e não devidamente apresentada. Sobre a segurança dos funcionários, o sindicalista afirmou, pelo menos sete acidentes foram registrados entre março e maio. "Não são contabilizados os casos envolvendo funcionários terceirizados, mas sabemos que há vários. Eles não possuem qualquer tipo de respaldo da empresa, não recebem treinamento, nem têm direito à PLR", apontou.

O sindicato aguarda um posicionamento da empresa, e caso não ocorra, deve discutir uma possível paralisação. A reportagem buscou contato com a Valtra, mas não recebeu retorno até o fechamento desta edição. O MogiNews/DAT está à disposição para esclarecimentos.