O município presenciou ontem uma greve de servidores da área da Educação, Saúde, Serviço Funerário e Coleta. Paulo Ricardo Alves Ramalho, tesoureiro do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública Municipal de Mogi das Cruzes e Guararema (Sintap), afirmou que o movimento será por tempo indeterminado. Mesmo com a paralisação, a Prefeitura, em postagem nas redes sociais, afirmou que a maioria dos serviços públicos esteve em funcionamento sem sofrer interrupções no atendimento.

As atividades da Secretaria Municipal de Educação também foram mantidas. O motivo da greve é o reajuste salarial dos servidores públicos em 5% neste primeiro semestre, com data retroativa a março de 2022, com possibilidade de mais Emprego 5% no segundo semestre deste ano, proposto pela administração municipal e não acatado pelo Sintap.

Para Ramalho, o reajuste correto deveria ser maior. “O correto seria o reajuste salarial em 15,41%, equivalente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (Ipca) acumulado de março de 2020 a fevereiro de 2021, que não foi pago devido a Lei Complementar nº 173, mais o acumulado do IPCA de março de 2021 a fevereiro 2022, outra pendência que a Prefeitura vem gradativamente saldando com a categoria desde que o Sintap estendeu base para a cidade”, enfatizou.

A Prefeitura garantiu que Guararema foi diretamente impactada pela pandemia de coronavírus (Covid-19) e, diante deste cenário de retomada, vem tratando com zelo as finanças públicas municipais, mas que apesara disso houve o aumento de 31% no valor do Vale Refeição. Na mesma publicação, a prefeitura informou que a Justiça deferiu o pedido de liminar contra a paralisação dos servidores públicos e que a própria classificava o movimento como ilegal, determinando uma multa diária de R$ 10 mil ao Sintap caso a manifestação continuasse.

O sindialista explicou porque a greve não é ilegal. “A greve não é ilegal na visão do sindicato e nem do servidor público, porque a pessoa não está pedindo nada além do que tem direito, que seria a reposição salarial prevista em lei e que a prefeitura tem que cumprir. Nós estamos fazendo este movimento, porque a prefeitura não quis conversar e nem conceber os direitos do servidor”, concluiu. Ainda de acordo com a Prefeitura, a estimativa é que cerca de 190 servidores faltaram de seus postos ontem.

*Texto supervisionado pelo editor