As Promotoras Legais Populares oferecem auxílio para romper o ciclo de violência contra a mulher em Mogi das Cruzes. O grupo é ligado a um movimento social nacional, articulado por coletivos do país, que existe há quase 30 anos. Segundo as organizadoras, trata-se de um instrumento de afirmação e disseminação de direitos, principalmente os relacionados à violência doméstica e aos direitos sexuais e reprodutivos.
A equipe de promotoras legais populares em Mogi é formada por dez mulheres e todas participam de formações constantes promovidas pela Rede Estadual e Nacional do movimento, incluindo a professora de história Márcia Cunha. A primeira turma de promotoras legais foi em 2019, em um curso ministrado no espaço da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do município.
Márcia explica que a equipe atende uma diversidade de mulheres que enriquece muito os debates. "Falamos com as mulheres negras, periféricas, transexuais, lésbicas, mães, profissionais da saúde, do direito, da assistência social, da educação, entre outras", explica. O curso propõe, segundo a professora, “instrumentalizar mulheres para a consciência dos seus direitos, bem como para multiplicarem informações e ações voltadas para a garantia de seus direitos”. As participantes aprendem sobre legislação e rede de proteção.
A iniciativa, de acordo com Márcia, forma e fortalece lideranças comunitárias e profissionais que atuam na rede de proteção das mulheres. Houve uma pausa nos cursos ao longo da pandemia de Covid-19, e recentemente as aulas voltaram e estão sendo ministradas no espaço do Cursinho Maio de 68, ao lado da Catedral de Sant'Anna, no centro de Mogi. As inscrições são divulgadas nas redes sociais. Neste ano, serão realizados encontros quinzenais, com profissionais e ativistas que abordarão temas em torno dos direitos das mulheres.
As inscrições para o próximo curso estão encerradas, mas há uma lista de espera. Para participar não é necessário nenhuma formação prévia. Acompanhe a programação nas redes sociais Facebook e Instagram - @plpmogi.
