A Páscoa deste ano pode ser uma data doce para o paladar, mas não para o bolso. Esta será a primeira vez depois de dois anos que a data poderá ser celebrada sem restrições para o comércio devido ao arrefecimento da pandemia de Covid-19, o que gera otimismo para o setor. As lojas e supermercados da região estão entrando no clima e, mesmo com os preços elevados, a expectativa é de crescimento das vendas. A data será celebrada no dia 17 de abril.
A pandemia de Covid-19 enfraqueceu as vendas de ovos de chocolate em 2020 e 2021 por conta das restrições como o lockdown, por exemplo, que estabeleceu o fechamento dos comércio, e depois o funcionamento com limitações. A Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC) estima um crescimento de pelo menos 17% em relação às vendas do ano passado, já se comparado com 2020, a alta deve ser de 23%.
Segundo a presidente da ACMC, Fádua Sleiman, as lojas estão comercializando os produtos para a confecção dos doces. “Nos mercados, os chocolates já estão nas prateleiras. Assim, como o panetone, os ovos de Páscoa são consumidos ao longo das semanas que antecedem a data, então, essa venda é constante e muito importante para o comércio. Estamos otimistas com os resultados", disse.
A Páscoa é responsável por movimentar diversos segmentos do comércio, além dos supermercados, que comercializam os ovos de chocolates prontos, muitas lojas faturam com a venda dos insumos para a produção do doce. "Em 2020, tivemos um grande prejuízo. No ano passado, conseguimos recuperar parte das perdas, e agora estamos otimistas. As vendas de Páscoa se concentram nos 40 dias depois do Carnaval. Já neste ano, após o cancelamento das celebrações na região, as compras estão sendo antecipadas", informou o comerciante mogiano, Luiz Cláudio França.
Segundo França, alguns itens tiveram alta, mas a procura pelos produtos tem crescido. "Nosso público é formado por doceiras que atuam de forma sazonal. As profissionais que nessa época contratam mais gente para ajudar e as pessoas que fazem os ovos em casa para família e amigos, tendência que cresce a cada ano. Os clientes notam que dá para economizar e a qualidade é excelente", observou.
A rede Shibata Supermercados também já se preparou para a data. De acordo com a empresa, a meta é vender o mesmo volume de ovos de Páscoa que o ano passado. A aposta é no reforço do estoque dos chocolates em barra, produto que tem um aumento na procura sazonal nesta época do ano.
Suzano
Em Suzano, segundo Associação Comercial e Empresarial (ACE), a expectativa para o comércio de produtos relativos a Páscoa é positiva. "Esta será a primeira Páscoa com o comércio totalmente reaberto desde o início da pandemia em 2020, o que é um atrativo a mais para lojistas e consumidores, que passaram os últimos dois anos com lojas fechadas e/ou com entrada restrita. Este fato, por si só, deverá garantir um volume de vendas maior dos produtos e isso deve ultrapassar os registros de vendas do ano anterior".
De acordo com a ACE, em 2021 as vendas foram melhores que 2020, mas não chegaram aos patamares de 2019, quando não existia pandemia. "Para 2022, a expectativa é que os números sejam maiores que o período pré-pandemia, com um bom fluxo de caixa para todos os comerciantes. No entanto, não podemos deixar de levar em consideração o aumento de preço dos produtos devido à inflação, que pode ter impacto nos hábitos de consumo da população e deve reduzir as listas de compras para a Páscoa", destacou.
A entidade apontou ainda o impacto do preço do dólar e do aumento da inflação. "O aumento no preço dos combustíveis também é um fator que afeta os empresários, por ser uma nova despesa para os estabelecimentos, que também está intimamente ligado com os novos preços dos produtos comercializados". A ACE disse ainda que é esperado que haja um pequeno aumento nos valores dos itens vendidos e dos serviços prestados, para que o comerciante não saia no prejuízo.