A construção civil, em geral, é um dos setores que menos utiliza-se de tecnologias e ambientes virtuais, com maior parte de suas atividades manuais, o que torna todo o processo de construção muito custoso.

Assim, um bom controle e planejamento evitam o desperdício de materiais e o retrabalho de atividades, assim como a má qualidade de execução por falta de prazo. Quando se entende que a previsibilidade dessas atividades e o detalhamento trarão altos benefícios para a obra, as empresas costumam dedicar um colaborador focado nesse controle e gerenciamento, obtendo bons resultados em seus projetos.

Isso porque a equipe de campo pode se dedicar, exclusivamente, à obra, enquanto um engenheiro civil fica responsável pelo planejamento das atividades, apresentando para a equipe, de uma forma prática e resumida, os problemas futuros.

Para um bom resultado e acompanhamento de obras de médio e grande porte, se faz necessário um controle do prazo e do avanço físico semanal da obra para monitorar a evolução e corrigir possíveis desvios.

Um cronograma eficiente é criado na fase de estudo e viabilidade do projeto, momento que se leva em conta o prazo da obra para calcular os custos indiretos, como equipe, infraestrutura, locação de equipamentos em gerais e prazo médio de execução de cada atividade da obra. Quanto mais otimizado esse prazo, mais baixo será o custo da obra.

O cronograma também proporciona o controle das contratações para a obra no devido prazo e, mais importante, o fluxo de caixa mensal necessário para que o proprietário ou investidor possa fazer os aportes mensais de acordo com o ritmo e volume de atividades da obra, tendo assim, uma curva física financeira, obtendo uma estimativa mensal do valor gasto para a execução até a conclusão do projeto.

Após esse estudo e início da obra, o engenheiro e os profissionais envolvidos poderão utilizar o cronograma para calcular o ritmo das atividades e a quantidade de funcionários e equipamentos. Com um bom cronograma, é possível antecipar desvios de prazo em atividades específicas que podem empurrar o prazo da obra. O acompanhamento físico também é importante, principalmente para saber se a obra está seguindo o prazo planejado ou não e que, assim que um desvio na execução for detectado, seja corrigido o mais breve possível, trazendo o prazo da obra de volta aos trilhos.

*Carlos Gil da Costa é engenheiro civil