Região - O Alto Tietê vai receber novos bicicletários nas três estações da Linha 12-Safira da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que passam por Itaquaquecetuba. Na reforma da estação Engenheiro Manoel Feio está prevista a construção de um novo bicicletário com capacidade para 260 bicicletas. Nas duas outras estações que devem ser reformadas, Itaquaquecetuba e Aracaré, também haverá bicicletários, mas, segundo a CPTM, não foi definida ainda a quantidade de vagas. Outras estações que atendem a região, incluindo a Linha 11-Coral, oferecem mais de 800 vagas para bicicletas.
Nas estações de trem da CPTM que cortam o Alto Tietê, há três bicicletários em estações da Linha 11-Coral e um na Linha 12-Safira, com um total de 856 vagas disponíveis. Na Linha 11-Coral, são 772 vagas, com pontos em Ferraz de Vasconcelos (136), Suzano (576) e Poá (60). Na Linha 12-Safira, há 84 vagas na estação Calmon Viana, em Poá. O número total pode passar de mil vagas com a reforma das estações de Itaquá. A ordem de serviço para as três estações da Linha 12-Coral em Itaquá foi assinada no final de janeiro pelo governador João Doria (PSDB). A previsão de conclusão é de um ano e meio, com um ano adicional para acompanhamento do fluxo dos locais.
Os bicicletários seguem o horário de operação das estações da CPTM, funcionando de segunda-feira a domingo, das 4 horas à meia-noite. Porém, o embarque de bicicletas nos vagões só é possível de segunda a sexta-feira, das 10 horas às 16 horas, e depois só a partir das 21 horas. Aos sábados, domingos e feriados, é permitido ao longo de todo o dia. Para utilizar os locais, é necessário preencher uma ficha de cadastro, apresentar um documento de identificação com foto e comprovante de endereço. O ciclista deve levar o próprio cadeado com chave e corrente.
Os bicicletários, de acordo com a CPTM, têm como objetivo aumentar e facilitar a utilização da bicicleta como meio de transporte. Para mais informações, o ciclista pode entrar em contato com a CPTM pelo número 0800 055 0121.
Estudo
De acordo com o estudo de Impacto Social do Uso da Bicicleta em São Paulo, realizado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa e Planejamento (CEBRAP), em 2018 foram avaliadas as perspectivas em relação ao meio ambiente, saúde e economia. Para o meio ambiente, foi apontada a redução da emissão de CO² quando a bicicleta substitui o veículo automotor. A interação no espaço público e o bem-estar no deslocamento também foi considerada positiva.
O estudo do CEBRAP também apontou que a utilização da bicicleta em relação aos demais meios resulta em economia ao Sistema Único de Saúde (SUS), com redução de internações por doenças do aparelho circulatório e diabetes. Para a economia, o resultado também é considerado positivo, ao definir a bicicleta como modo de transporte, o impacto na renda mensal seria equivalente a 14%.