Os três homens presos pelo envolvimento na tragédia da Escola Estadual Professor Raul Brasil, há 11 meses, tiveram suas penas convertidas em medidas restritivas pela Vara Criminal de Suzano e foram soltos da Penitenciária 2 de Tremembé, no final da tarde da última quinta-feira.
Cristiano Cardias de Souza, conhecido como "Cabelo", Geraldo de Oliveira Santos, o "Buiu" e Adeilton Pereira dos Santos foram presos suspeitos de fornecerem a arma e as munições utilizadas pelos assassinos que, em março do ano passado, fizeram oito vítimas.
O documento que resultou na liberação dos acusados condenou Cabelo e Buiu a quatro anos de reclusão mais pagamento de dez dias multa, que foram convertidos em prestação de serviços à comunidade ou entidades públicas, mantendo a multa.
Em relação ao réu Adeilton Pereira dos Santos, a Justiça determinou que ele seja julgado novamente e também responderá em liberdade.
Já o réu Marcio Germano Masson, conhecido como Alemão, que havia sido preso pela venda de munições aos assassinos e estava em liberdade desde novembro passado, foi absolvido das acusações. Na data da prisão, dia 6 de maio do ano passado, em mandado de busca e apreensão na residência de Masson, os policiais encontraram armas e munições de diferentes calibres, uma espingarda de pressão, anabolizantes, um celular e dois pen drives.
O jovem de 17 anos, apreendido no mesmo mês do caso, acusado pela Polícia Civil e o Ministério Público de ser o mandante intelectual do atentado, foi condenado em maio passado pela Justiça e segue internado em uma unidade da Fundação Casa por prazo indeterminado. A partir das investigações, mensagens trocadas entre o jovem apreendido e os atiradores evidenciaram, para a juíza Erica Marcelina Cruz, da Vara da Infância e da Juventude, que o condenado teria participado na organização intelectual do crime.