A Casa da Memória Antonia Guilherme Franco, em Guararema, recebe, até o dia 15 de maio, a exposição "O Teatro Popular de Bonecos do Brasil". Em destaque um modelo de teatro no qual são usados bonecos de luvas, varas e varetas, praticamente feitos a partir de uma madeira chamada mulungu. O centro cultural fica na rua Dona Laurinda, 138, centro. A visitação gratuita acontece de quarta a sexta-feira, das 10 às 13 horas, e das 15 às 18 horas, aos sábados, domingos e feriados, das 13 às 18 horas. 
Nesta modalidade, os bonecos são manipulados de maneira teatral, conduzindo personagens fixos de linguagem peculiar em seus textos improvisados, utilizando de picardia, música e dança. Ainda que possuam suas próprias histórias, o teatro de bonecos não se fecha ao improviso, remodelando e atualizando seus textos para adaptações e análises e discussões de qualquer tema.
Típico do Nordeste, o mamulengo, como é chamado, tem suas raízes em Pernambuco, onde recebe o nome de babau. Suas formas vão se adaptando conforme a mudança os Estados. Por exemplo, no Ceará e em Sergipe, ficou conhecido como Cassimiro Coco, enquanto que, no Rio Grande do Norte, seu nome é João Redondo. Por sua vez, na Paraíba, é chamado também de babau.
Os espetáculos são líricos, conduzidos por meio dos bonecos, guiados pela música, integrando-se com a plateia. Assim, a modalidade resiste ao tempo. O teatro popular de bonecos é um Patrimônio Imaterial da Cultura Nacional, com registro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), desde 5 de março de 2015.
A coordenação da exposição é de Claudio Ferraraz Junior, e a curadoria de Regina Drozina e Valdeck de Garanhuns. Os responsáveis pela montagem são Clarice Corbani dos Santos, Claudia Souza Guidi Diogo, Claudio Ferraraz Junior, Ignez Rodrigues da Silva, Jussara Zatsuga, e os curadores.