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O que não tenho e
desejo
É que melhor me
enriquece.
Tive uns dinheiros - perdi-os...
Tive amores -
esqueci-os.
Mas no maior desespero. Rezei: ganhei essa prece.
Vi terras da minha terra. Por outras terras
andei. Mas o que ficou marcado
No meu olhar fatigado, foram terras que inventei.
Gosto muito de crianças: Não tive um filho de meu.
Um filho!... Não foi de jeito...
Mas trago dentro do peito meu filho que não nasceu.
Criou-me, desde eu menino, para arquiteto meu pai.
Foi-se-me um dia a saúde... Fiz-me arquiteto? Não pude! Sou poeta menor, perdoai! Não faço versos de guerra. Não faço porque não sei.
Mas num torpedo-suicida, darei de bom grado a vida. Na luta em
que não lutei!
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