Quem escreve, independentemente da forma e do gênero, ao menos uma vez na vida sonhou em escrever e publicar um livro. Este é o caso do mogiano Luiz Fernando Bellini, que, durante aproximadamente seis meses, dedicou-se ao seu primeiro livro. Com nome de "Cinzeiro", a obra tem 34 contos e foi lançada de forma independente. Leitor assíduo de ficção e de literatura marginal, em seus textos, o escritor trata de histórias urbanas, livremente inpiradas no cotidiano de cidades, como, por exemplo, Mogi das Cruzes e São Paulo. Os interessados em adquirir a publicação, assim como informações sobre o seu preço, podem entrar em contato com o autor por meio do e-mail [email protected].
Morador de Brás Cubas desde o seu nascimento, há 23 anos, Bellini redigiu alguns dos contos que integram "Cinzeiro" em sua viagem para a Irlanda, que ocorreu entre julho de 2014 e fevereiro deste ano. No país, além de conhecer a cultura local, o escritor aprimou o inglês em um curso. "A obra foi escrita em terceira pessoa e surgiu a partir de um projeto que se originou no Facebook, em que eu escrevia e postava pequenos contos. Os textos do livro são inspirados em temas urbanos, com uma linguagem mais marginal e que gira em torno da violência, por exemplo, só que com um teor mais cômico", conta.
Para dar vida aos contos, o escritor revela que costuma se manter sempre atento ao que ocorre ao seu redor, observando a forma que as pessoas falam, as expressões no momento em que conversam e os trejeitos. "Gosto de me manter sempre atento ao que ocorre ao meu redor para que os textos fiquem mais verossímeis. Assim, tento mostrar como a pessoa pensa, enxerga e vivencia uma determinada situação. No caso do livro, tem um conto que gosto muito. Ele se chama 'O Frio de Julho' e trata de um grupo de crianças que vai até uma fábrica de piano à procura de um cofre. Este texto foi inspirado em uma lenda, que dizia que a fábrica de pianos da família Schwartzmann, em Brás Cubas, tinha um cofre", comenta o autor.
Lançamento
Formado em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Líbero, desde 2013, Bellini, para ter "Cinzeiro" em mãos, pesquisou gráficas, fechando com uma de Bauru e registrou a obra na Biblioteca Nacional e no Internacional Standard Book Number (ISBN), sistema internacional padronizado que identifica, por número, livros segundo título, autor, país e editora, invidualizando-os por edição. "O registro na Bibliteca Nacional e o ISBN possibilita que o livro seja comercializado no futuro. Apesar de ainda não ter previsão de, oficialmente, lançá-lo, já estou feliz com o resultado. Foi muito bonito de ver quando o livro ficou definitivamente pronto", finaliza.
"Cinzeiro" tem ilustrações de Felipe Mascarenhas, o Felms, e de Vica Guimarães, e revisão de Lucas Cartaxo.