Como mudar de era, e reconhecer, sem visão, que qualquer paramento, dotado de salutar sentido, não é para, em comunhão, ser vestido? Como mudar de era, sem a mística da competência ou da benevolência, sem salutar poema, fazer parte do problema? Como mudar de era, se o cavaleiro de toda quimera e paixão, o amor só se resuma, em tosca gratificação? Como mudar de era, sem o educandário, que ensine tolerância, como ideário, em lugar de diferenças entre pares, e com violência?
Como mudar de era e de atmosfera, se já não se combate a não ser por embate atemporal, o que existe entre nossos dois hemisférios, de racional? Como mudar de era, sem qualquer entrave, si os corações são todos parecidos e sua convergência, além de sincera, grave? Como mudar de era, se os problemas são resolvidos por aqueles que à custa da solução continuam prosperando, em nada solidária intenção?
Como se identificar sob o nome de utopias construtivas, se elas não são de todos corações, sábias oitivas. Nenhuma sobrevida é seletiva, se a inteligência é coletiva. Todos rebeldes e subversivos, para que a magia se revele, agnósticos ou humanistas, para um futuro pacífico e positivo.
Como mudar de era, sem o claro despertar de nossas almas para o maravilhar, quando a dança com o eterno por proa, em tudo que vem a calhar? Como mudar de era, sem perder nosso dom de luz na consciência, muito além de nossos egos primários, em permanente continência? Como mudar de era, sem estender nossa tendência a voar, a fim de que o conjunto de todos os povos se rebele, para depois se elevar? Como mudar de era, sem o despertar, que é pela fé, necessário para poder o banquete apreciar? Do nada dos bens materiais ao oceano dos bens espirituais, sob os mais abrangentes acordes da arte de viver e do altar do futuro, o melhor resultado esperar.
Como mudar de era, sem alterar o ser, cantar em letras garrafais a nobreza do sonhar, e os mais caros sonhos, na alma reter? Como mudar de era, sem nada plantar, grão após grão, e vê-la crescer, como saída para, pelo Universo, se dar a conhecer! Como mudar de era, sem se submeter às cadeias e do sistema se livrar, que após séculos de tutela, insiste em nos alienar? Como mudar de era, sem fazer da trégua, guerra já que a Mãe Terra ao nos proteger, tudo encerra? Ao sinal, PARE: continência! Optar pela via da segurança, já que por detrás da porta, ocultos, obstáculo e tragédia, podem servir de recursos, de um mundo que é só comédia!