Fora das quartas de final do Campeonato Paulista, o Santos foca todas as atenções para o duro confronto com o The Strongest, na altitude de La Paz, na Bolívia. Apesar de o adversário ser o lanterna do grupo na Copa Libertadores, atuar 3.640 metros acima do mar deixa Fernando Diniz revoltado. Contando com os retornos de Alison e Marinho, o treinador acha "desumano" jogar nessas condições.
O Santos soma seis pontos e está em segundo no grupo atrás somente do Barcelona, do Equador. Sabe, contudo, que pode perder a posição na zona de classificação com um tropeço, por isso a irritação de Diniz com o palco do duelo.
"É desumano. A altitude é o maior adversário, não tem como fazer trabalho adequado, podemos no máximo minimizar", afirmou, já pensando no confronto com os bolivianos, goleados na Vila Belmiro. "Jamais poderíamos jogar lá, caberia a autoridade do futebol mudar essa situação", cobrou.
Apesar da bronca, o técnico sabe que não há como modificar a decisão da Conmebol e promete um time se impondo no estádio Hernando Siles. "A tendência é que seja um time que se imponha com a posse de bola e ajustando defensivamente", adiantou.
Depois de estrear usando meninos na vitória por 1 a 0 sobre o Boca Juniors, Diniz conta com os retornos de Alison e Marinho para ter um time mais "cascudo" na decisão em La Paz. Quer retornar com a vaga encaminhada às oitavas de final, mas não pressiona seus atletas em reta final de recuperação de contusões musculares.
"Eles têm possibilidade de jogar, mas eu não forço", enfatizou. "Os jogadores é que se colocam à disposição. Se puder contar com eles, temos um ganho importante. Mas se não jogarem, tenho certeza que quem entrar vai suprir bem", finalizou. (E.C.)