Dos R$ 580 milhões de dívida que o novo presidente do São Paulo, Julio Casares, assumiu quando tomou posse no comando do clube em janeiro, o maior e mais urgente problema está no pagamento de R$ 10 milhões para Daniel Alves. A situação do jogador é o grande desafio que a diretoria precisa superar neste momento para arrumar a casa e continuar com o jogador no elenco. Com contrato até o fim de 2022, a diretoria estuda fórmulas para sanar o problema. Renovar e estender o contrato do atleta e ainda usar uma parte da venda do atacante Brenner (negociado com o FC Cincinnati, dos EUA) estão na mesa da cúpula da diretoria para uma análise mais detalhada.
Desde o início do ano, Casares e sua diretoria têm montado planos de redução de despesas para conseguir pagar as dívidas. O presidente, inclusive, organizou um comitê financeiro de trabalho para atuar na renegociação com credores e estuda alternativas para incrementar receitas de patrocínio e do sócio-torcedor.
A situação de Daniel Alves, no entanto, é delicada. Em entrevista ao GE.com, o diretor de futebol Carlos Belmonte admitiu a dificuldade com o jogador, mas garantiu ser possível achar uma solução. "Tivemos uma conversa com o Daniel. Ele tem o desejo de contin uar no São Paulo e a gente deseja que ele continue também. É tentar ajustar da melhor forma possível esses pagamentos. Se não for possível, a gente conversa em um outro formato", comentou o dirigente, que fez questão de exaltar a postura do atleta. (E.C.)