Depois de vitória exuberante contra o Grêmio, o São Paulo voltou a jogar mal diante de uma equipe retrancada e só empatou por 0 a 0 com a Chapecoense, ontem, no estádio do Morumbi, na capital paulista, pela 26.ª rodada do Campeonato Brasileiro. Repetindo as atuações pouco criativas que já teve em casa, a equipe desperdiçou pontos importantes na briga pelo G4. A sina tricolor é fazer bons jogos contra os grandes e se enroscar nos pequenos. A torcida não perdoou e vaiou muito.
O técnico colombiano Juan Carlos Osorio escalou novamente três atacantes (Michel Bastos, Alexandre Pato e Luis Fabiano). No meio, Thiago Mendes protegia a defesa e liberava Carlinhos e Wesley para que chegassem à área. O ponto interessante foi a posição de Michel Bastos espetado como ponta, pelo lado direito
As peças estavam bem posicionadas, desenho tático bonito (4-3-3), mas faltava velocidade, objetividade e, na palavra da moda, intensidade. Sobravam técnica e domínio de bola, mas faltavam finalizações. O primeiro chute a gol só saiu lá pelos 20 minutos, com Wesley. Nem a volta dos medalhões Rogério Ceni e Luis Fabiano representou uma injeção de ânimo. Neste ponto, o jogo deixou uma sensação de deja vu. Era o mesmo cenário dos jogos contra Ceará, Goiás e Avaí, quando o time teve muita dificuldade para superar uma defesa fechada. Foi o mesmo filme: o time não cria, a torcida começa a vaiar, a equipe se sente incomodada e erra ainda mais.
O treinador fez duas boas alterações: tirou Alexandre Pato e Carlinhos e colocou Rogério e Centurión. Promessa de maior mobilidade e velocidade. A promessa se concretizou, mas a criatividade não entrou em campo.
Depois de inúmeros cruzamentos, o São Paulo parou em suas próprias falhas em casa. Mais uma vez a equipe decepciona o torcedor.