A campanha do São Paulo tem sido marcada pela irregularidade. Em geral, o time vai bem nos grandes jogos (Grêmio e Corinthians), mas tropeça nos pequenos (Avaí, Chapecoense e Goiás). Na semana passada, o técnico colombiano Juan Carlos Osorio atribuiu essa sequência de altos e baixos às disputas políticas do clube. Ele se referia à lavação de roupa suja feita entre o presidente Carlos Miguel Aidar e o Alexandre Bourgeois, demitido da função de CEO.
Na última sexta-feira, no entanto, foi o próprio Osorio quem colocou mais lenha na fogueira ao afirmar que não confiava na diretoria e tomaria uma decisão sobre seu futuro após os jogos de amanhã e de quarta-feira contra o Vasco, pela Copa do Brasil. A crise, portanto, está aberta.
A equipe que vai tentar resistir a essa turbulência não terá Luis Fabiano. O atacante teve uma trauma em duas costelas na última quarta-feira e não tem prazo para voltar. Sem a presença de um jogador especialista na área, será preciso improvisar. A tendência é a entrada de Rogério e a escalação de Paulo Henrique Ganso como um falso centroavante. No restante, a equipe deve ser parecida à que bateu o Vasco por 3 a 0.
No ambiente tenso do São Paulo, uma nova derrota para o rival seria catastrófica. No primeiro semestre, o Palmeiras venceu por 3 a 0 e 4 a 0. Apesar da proximidade na tabela de classificação do Brasileirão, Osorio reconhece que o Palmeiras vive um momento melhor. "É uma grande oportunidade em nossa casa e com nossa torcida de competir com um dos elencos mais robustos da competição. Mesmo com menos jogadores, temos qualidade para enfrentar o Palmeiras", explicou.