Na Meia Maratona Fast Run FlexPé Sport/Mogi News, realizada no último domingo, dia 26, um caso que se tornou comum em corridas de rua chamou a atenção negativamente da Organização do evento. Pessoas não inscritas participaram da corrida com números de identificação falsos, também chamados 'números de peito'".
A atitude poderia ter causado transtornos ainda maiores para o evento, caso não fosse percebida a tempo pelos organizadores. Os fraudadores fizeram uma cópia dos números originais da prova. O material foi aparentemente plastificado e ainda continha o apelido das pessoas e um desenho de uma pipoca, fazendo menção ao termo usado para denominar a pessoa que corre uma prova sem a devida inscrição. Segundo a organização, medidas já foram tomadas junto ao Conselho Regional de Educação Física (CREF-SP) em relação ao caso.
"Ao se inscrever em uma corrida, a pessoa está comprando nosso produto que vai muito além do kit com camiseta e número de identificação. Há ainda o serviço de hidratação, o trabalho de suporte feito pelo staff no dia da prova, o direito de ter seu tempo homologado pela FPA; e ainda o amparo de uma ambulância - caso necessário. Tudo isso é comprado pelo corredor no momento em que ele realiza a sua inscrição", salientou Amália Cestari, proprietária da rede de calçados FlexPé.
O assunto chegou a ser abordado por Marcos Paulo Reis, diretor técnico de uma das maiores e mais renomadas assessorias esportivas do país - a MPR Assessoria Esportiva - em uma de suas colunas em site especializado. Mediante a ação dos 'pipocas', Reis indagou: "Reclamamos de um país de impunidade, de falta de educação, de corrupção. E queremos melhorar tudo isso. Mas será que todo mundo quer mesmo?".