A reformulação da grade curricular, da dinâmica escolar e do formato do processo de aprendizagem no Ensino Médio busca despertar um maior interesse dos jovens pelo estudo, pela escola, pela sua formação e, principalmente, pelo seu futuro. Todas as mudanças geram atritos, e as discussões acerca desta proposta, sancionada pelo presidente Michel Temer por meio da Medida Provisória N° 746, tem assustado pela forma que foi divulgada.
Em conversa com gestores, educadores, alunos e estudiosos da região, muitos conhecem a proposta apenas pelo o que vem sendo anunciado pelo Ministério da Educação por meio da mídia. Infelizmente, não houve um comunicado oficial e uma orientação geral quanto às possíveis alterações que deverão ser colocadas em práticas nas redes de ensino brasileira. O que se tem certeza é de as articulações só começarão a ser colocadas em prática após a aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
O documento está em análise, e, após a homologação, será encaminhado ao Conselho Nacional de Educação (CNE), e, com a aprovação, a nova orientação curricular deve ser implantada. De acordo como o Ministério da Educação (MEC), "a reforma irá aproximar a escola da realidade dos estudantes à luz das novas demandas profissionais do mercado de trabalho. E, sobretudo, permitirá que cada um siga o caminho de suas vocações e sonhos, seja para seguir os estudos no nível superior, seja para entrar no mundo do trabalho".
Uma das razões para estas alterações, ainda segundo o MEC, é propor um novo olhar para uma etapa do ensino considerada decisiva para os jovens brasileiros. Outro motivo é modificar um modelo curricular considerado ultrapassado, por ser baseado em um número excessivo de disciplinas, o que torna a etapa desinteressante para o estudante do século 21. Para o ministério, a proposta tem o objetivo de tornar o ensino mais atraente, fortificar a formação profissional, ampliar o aprendizado em diferentes áreas e auxiliar na orientação da juventude quanto às suas áreas de interesse e às suas carreiras profissionais.
Para isso, pretende estender o atendimento a esse ciclo de aprendizagem com a ampliação do número de escolas em período integral e promover a flexibilização do currículo com a divisão do conhecimento em cinco itinerários formativos.