Em maio, a granja e a horta colaboraram para aliviar o bolso dos paulistas com a redução de preços dos ovos, legumes e verduras, conforme demonstra o Índice de Preços dos Supermercados (IPS), elaborado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) em parceria com a Fipe.

Depois de uma alta crescente, acompanhada por leve redução de 0,63% em abril, os ovos atingiram deflação de 3,92% em maio. Para os próximos meses, a expectativa é que os preços dos ovos continuem diminuindo em decorrência da interrupção temporária das exportações de frangos e ovos após a detecção dos casos de gripe aviária no Rio Grande do Sul. Este cenário tende a reduzir a pressão inflacionária sobre o produto, que acumula alta de 23,86% nos últimos 12 meses.

“O aumento nos ovos observado nos meses anteriores pode ser atribuído a diversos fatores, entre os quais se destacam o encarecimento dos custos de produção e os efeitos de condições climáticas adversas, que reduziram a oferta e impactaram diretamente o equilíbrio entre oferta e demanda, tanto no mercado doméstico quanto no internacional — especialmente nos Estados Unidos”, destacou o economista-chefe da APAS, Felipe Queiroz.

Já os legumes apresentaram queda de 12,95% nos preços em maio. No acumulado dos últimos 12 meses, a subcategoria registra deflação de 16,69%. A queda observada em maio foi impulsionada, principalmente, pela retração nos preços do chuchu (-32,58%), do tomate (-23,94%), da abobrinha (-16,07%) e da berinjela (-10,04%).

E as verduras, por sua vez, recuaram em 1,55% em maio. Ainda assim, a inflação acumulada em 12 meses nessa subcategoria chega a 1,22%.

“As chuvas ocorridas nos primeiros meses de 2025 têm contribuído positivamente para o desempenho de diversas culturas. Em contraste, o ano anterior foi marcado por um período mais prolongado de estiagem, o que pressionou os preços para cima”, acrescentou Felipe.

Ovos, legumes e verduras, entre outros, integram a categoria de produtos in natura. Essa categoria atingiu deflação de 0,09% em maio, acumulando uma queda de 9,58% nos últimos 12 meses.